A função da religião não é fazer com que as pessoas se sintam bem. Amor? Sim, Deus nos ama. Porém, seu amor requer a fidelidade e o compromisso em retorno. Deus não deseja cuidar de animais de estimação, dando alimento e afago. Antes, quer maturidade, pessoas livres que respondam a Ele com sinceridade. Para que isso aconteça, deve existir honestidade e verdade. O eu deve ser retirado do pedestal. Deve haver corações puros e propósitos claros, confissão de pecados e compromisso de fé.
E paz? Sim, Deus concede paz. Porém, a paz que Ele nos dá não é a paz das pessoas que evitam coisas desagradáveis. Não é a paz que se obtém quando se evita falar sobre assuntos dolorosos ou tocar em cestas feridas. É uma paz obtida com dificuldade ao se aprender a orar. É preciso combater a maldade, derrotar a apatia, desafiar o cansaço, confrontar a ambição.
Viver é difícil. Há muitas situações que podem dar errado. Elaboramos nossos planos com muito cuidado e, mesmo assim, eles falham. Tentamos prosseguir, mas inexplicavelmente alguma coisa interfere e então fracassamos. Não é bíblico escamotear a realidade, a vida com Jesus não se transforma num conto de fadas, exatamente porque o mundo não é um lugar perfeito.
Viver é difícil, mas nós que cremos em Cristo, que nascemos Nele, temos não apenas um alento, uma esperança, um refúgio. Temos uma certeza – todas as lágrimas, todas as lutas, todos os fracassos, todas as quedas, todos os erros e toda obstáculo contribui, no fim, para o nosso bem.
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